Judaísmo E Cristianismo

19 Mar 2019 02:08
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<h1>A Deturpa&ccedil;&atilde;o Da Cr&iacute;tica De Arthur De Gobineau &agrave; Miscigena&ccedil;&atilde;o</h1>

<p>RESUMO Autor se debru&ccedil;a sobre texto de meados do s&eacute;culo dezenove em que diplomata e aristocrata franc&ecirc;s trata da dilui&ccedil;&atilde;o (e eventual morte) das culturas na miscigena&ccedil;&atilde;o (&quot;anarquia &eacute;tnica&quot;, em suas palavras). Ensaio que esbo&ccedil;ava uma filosofia da hist&oacute;ria foi progressivamente instrumentalizado por ide&oacute;logos do racismo. Dois anos antes da aboli&ccedil;&atilde;o da escravatura nos Estados unidos (1865), fundou-se em Londres a Sociedade Antropol&oacute;gica, com finalidade de apoiar os racistas do sul americano.</p>

<p>Manifesta&ccedil;&otilde;es de intoler&acirc;ncia e movimentos de Donald Trump para preservar uma esp&eacute;cie de supremacia branca norte-americana colocam na ordem do dia uma nova discuss&atilde;o a respeito do racismo e suas atualiza&ccedil;&otilde;es. Parece que o fantasma de Gobineau levanta do t&uacute;mulo pra intimidar o presente. Mas h&aacute; nos Estados unidos uma longa tradi&ccedil;&atilde;o de intoler&acirc;ncia.</p>

<p>Bravatas de Trump contra mexicanos, desta maneira, n&atilde;o s&atilde;o disparates da &uacute;ltima hora. No caso do novo mandat&aacute;rio, a intoler&acirc;ncia constitui, antes de qualquer coisa, uma tradi&ccedil;&atilde;o pessoal. O hist&oacute;rico racista de Trump foi analisado pelo jornalista Nicholas Kristof, do &quot;New York Times&quot;. O republicano foi processado por se recusar a alugar apartamentos pra negros. Tamb&eacute;m retuitou mensagens de simpatizantes nazistas. No entanto o que Kristof conclui &eacute; que h&aacute; uma contradi&ccedil;&atilde;o nos discursos do presidente, porque &quot;mu&ccedil;ulmanos e hisp&acirc;nicos s&atilde;o capazes de ser de qualquer ra&ccedil;a -em vista disso novas dessas alega&ccedil;&otilde;es tecnicamente refletem mais intoler&acirc;ncia do que racismo&quot;.</p>

<p>Parece firula de linguagem, todavia &eacute; caso que o crime de opini&atilde;o n&atilde;o poder&aacute; ser tomado como o racismo por inteiro, que &eacute; um sistema de pensamento que o justifica para os que o praticam. Sem doutrina, o &quot;civilizado&quot; se bestializa, iguala-se a tua v&iacute;tima, nivelando-se a quem considera sem alma.</p>

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<p>A doutrina fornece &agrave; agressividade o significado de miss&atilde;o; define os &quot;bad hombres&quot; (sic). No mundo crist&atilde;o, construiu hierarquias baseadas pela cren&ccedil;a de que fra&ccedil;&atilde;o da humanidade era desprovida de alma. Foi o cimento ideol&oacute;gico do colonialismo e do imperialismo. Como o capitalismo recria incessantemente a diferen&ccedil;a, ele rep&otilde;e premissas do racismo.</p>

<ul>
<li>Sessenta e sete &quot;Viagem&quot; Mike Kelley Michael Fresco 9 de Mar&ccedil;o, 2006 dezesseis</li>
<li>89 &quot;O Caso dos Franks&quot; J.J. Philbin Norman Buckley 1&ordm; de Fevereiro, 2007 13</li>
<li>Rosalina soares bizelli disse</li>
<li>Mikhail Bakunin. “Organiza&ccedil;&atilde;o”. In: Max Nettlau. Op. Cit., p. 213</li>
<li>11- Mesma academia</li>
<li>vince e seis de maio de 2014 &agrave;s 22:58 / Responder</li>
<li>A educa&ccedil;&atilde;o nas escolas &eacute; ruim e os brasileiros n&atilde;o sabem dos direitos que t&ecirc;m</li>
</ul>

<p>E entende-se por que, depois de aprender a &quot;in&eacute;galit&eacute;&quot; das ra&ccedil;as, Gobineau, redescoberto meio s&eacute;culo ap&oacute;s ter escrito um livro inexpressivo, foi usado como doutrina, apesar de seu prop&oacute;sito fosse estudar a humanidade viva iluminada pela humanidade morta. Por&eacute;m n&atilde;o se poder&aacute; ler ra&ccedil;a no s&eacute;culo 19 como lemos hoje, com enfoque apenas f&iacute;sico.</p>

<p> Listagem De Fobias contavam at&eacute; sessenta e tr&ecirc;s ra&ccedil;as humanas. Como Conquista Um Homem? sabe dessa forma o &quot;Essai&quot; de 1853 de Gobineau (escritor ecl&eacute;tico dedicado a defender a aristocracia francesa frente aos riscos de decad&ecirc;ncia prenunciados na Revolu&ccedil;&atilde;o) nunca tenha sido a b&iacute;blia do racismo como, de forma desavisado, se cr&ecirc;. O cerne do racismo do s&eacute;culo dezenove residiu pela cren&ccedil;a poligenista de Pela Hora Da Compra, Homem Vai &agrave; Ca&ccedil;a E Mulher Quer Aten&ccedil;&atilde;o, Diz Especialista cada ra&ccedil;a humana como esp&eacute;cie separada, sendo negros e brancos t&atilde;o distintos como &quot;cavalos e jumentos&quot;.</p>

<p>Pra redigir o volume, ele estuda detidamente os fundamentos de dezenas de poligenistas; a bibliografia n&atilde;o adiciona Gobineau, e isso por causa da relev&acirc;ncia &iacute;nfima de suas ideias. Ao encerramento e ao cabo, Darwin mostrar&aacute; que o homem &eacute; dessas esp&eacute;cies polim&oacute;rficas, nas quais as diferen&ccedil;as secund&aacute;rias (cor da pele, cabelo etc) n&atilde;o incidem nos caracteres definidores da esp&eacute;cie ou em sua prosperidade.</p>

<p>Ele dir&aacute; ainda que a simpatia entre grupos humanos diferentes &eacute; dos &uacute;ltimos desenvolvimentos morais da humanidade e ainda est&aacute; em processo de consolida&ccedil;&atilde;o, que se completar&aacute; no momento em que barreiras artificiais (pol&iacute;ticas) entre esses n&uacute;cleos forem derrubadas. O &quot;Essai&quot; de Gobineau fica em melhor moldura intelectual como obra do romantismo oitocentista -t&atilde;o afeito ao estudo das culturas, sobretudo o orientalismo- influenciada por um deste modo imberbe cientificismo (que desembocar&aacute; em Darwin).</p>

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